Há medida que as placas tectónicas da política ocidental assistem
a uma deriva de 180°. Consumindo na sua voracidade esse espaço que a ideologia
do consenso intitula como "o centro" - para depois homologar esse
centro à social-democracia. Há medida que os partidos não tradicionais vão
ganhando expressão, e, em alguns casos, até eleições; forja-se outro grande consenso
no circuito privado do cosmopolitismo internacionalista: que a globalização
deixou a esmagadora maioria dos cidadãos "para trás".
Face a este
terrível diagnóstico, o que há a fazer? Resgatar de volta os olvidados, os náufragos.
Redimensionar a política económica de forma a poder intensificar o processo de
integração no universalismo cosmopolita: regressar aos velhos princípios da
social-democracia. Não resta outra escolha para os que ficaram para trás - os
pobres; os rurais; os iletrados... – senão deixarem-se empurrar para a frente. Como
é piedoso o coração das elites…
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